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  Você já ouviu pelo menos uma destas declarações sobre o casamento?  
*Um bom casamento seria entre um homem surdo e uma
  mulher cega. 
  *Um arqueólogo faz o melhor marido. Quanto mais velha ela fica, mais
  interessado ele se torna.   
  *Alguns casamentos foram feitos no céu, mas TODOS têm que ser mantidos
  na terra. 
  *Um casamento bem-sucedido não é sobre como achar a pessoa certa—é como SER a
  pessoa certa! 
  *Se a grama for mais verde do outro lado da cerca, pode ter certeza
  que a conta d’água também é maior. 
  *Casamento é como as moscas na tela da janela da cozinha.  As que
  estão dentro querem escapar, e as que estão fora querem entrar . . .  
  
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Todas elas são uma tentativa de definir o
  relacionamento conjugal. Mas, e Deus? Como o define? Como Deus descreve o
  relacionamento conjugal nas Escrituras? Como Ele caracteriza essa, a primeira
  e mais básica das instituições humanas? Às vezes ficamos tão preocupados em
  lidar com as situações matrimoniais diversas, que esquecemos de ensinar o
  padrão bíblico estabelecido por Deus.  Não deveríamos dar tanto enfoque
  às exceções e problemas que acontecem com vários casamentos, mas deveríamos
  focalizar o padrão original de Deus, exaltá-lo para nossos jovens, modelá-lo
  tanto quanto possível, e só então lidar com as exceções.   
  
Num país onde o índice de casais divorciados
  cresce assustadoramente, a Igreja Evangélica precisa voltar às bases bíblicas
  e ensinar aos filhos de Deus os princípios para ajudar jovens a “peneirarem
  os candidatos” para o casamento, pais a orientarem seus filhos e casais a
  ajustarem seu relacionamento conforme a vontade de Deus. Um casamento feliz e
  duradouro não é nenhuma questão de “sorte” ou, como pensam outros, de se
  casar com a “alma gêmea”. Na verdade, um casamento feliz e duradouro acontece
  quando os cônjuges edificam seu lar segundo a vontade de Deus. No presente
  artigo não seria possível discorrer sobre todas as orientações que a Palavra
  de Deus nos dá sobre casamento, visto que há nela princípios para todas as
  situações no lar, mas gostaria de destacar três que servem de colunas para
  estruturar tanto casamentos futuros como casamentos já existentes.   
  
I.  Casamento Bíblico é AUXÍLIO MÚTUO que
  precisa ser Resgatado pela Graça de Deus (Gn 2:15-18; 1:27,28; cf. 1 Co
  7:1-5)   
Ao ler o relato de Gênesis, imagine a cena:  
  Deus criou o mundo maravilhoso e nele plantou um belo jardim. Porém, logo
  Deus percebeu que “faltava” algo. Então Ele criou o homem a sua imagem e o
  pôs naquele lindo jardim com a missão de cultivá-lo e guardá-lo. Não demorou
  muito e Deus também percebeu que “faltava” algo para o homem que Ele havia
  criado. Não é bom que o homem esteja só, pensou Ele. O relato nos diz que
  primeiro tentou-se encontrar uma companheira para o homem dentre os animais
  já existentes. Porém, ao término do desfile dos animais, Adão não tinha
  encontrado uma parceria “idônea”. Então Deus o fez dormir e a partir de uma
  de suas costelas criou a mulher. Podemos dizer, portanto, que a mulher
  “nasceu da necessidade” do homem de ter uma companheira. Deus criou-a para
  ser auxiliadora do homem, o que significa que para ele a mulher é amparo,
  socorro e ajuda. O termo hebraico usado neste texto para a mulher como
  ajudadora é o mesmo empregado quando a Bíblia diz que Deus é ajudador. Ou
  seja, assim como Deus é um ajudador nobre e digno, a mulher também é digna e
  nobre no seu papel de auxiliadora. O texto também diz que Deus a fez idônea,
  ou seja, fê-la correspondente ao homem, porém um pouco diferente. É muito
  importante ressaltar que a mulher não foi feita “igual” ao homem e também não
  foi criada muito ‘diferente’ do homem. Na verdade, o plano de Deus é de que a
  mulher complemente o homem e este a complemente.   
  
Para que ocorra esta complementação é necessário
  que haja auxílio mútuo dos cônjuges. O casal precisa reconhecer que um
  precisa do outro, que um preenche a lacuna do outro e, que sendo assim, o
  casamento não é lugar de competição, mas, sim, de cooperação. Há casais que
  tentam até mesmo eliminar as diferenças entre homem e mulher! Mas tentar
  fazer isso é querer destruir o plano de Deus, visto que foi Ele mesmo que
  planejou que estas diferenças entre homem e mulher existissem. Não há
  necessidade de se anular as diferenças! Na verdade, o casal que vive segundo
  os padrões de Deus reflete em seu relacionamento a glória de Deus. O
  casamento é o meio para o homem desfrutar de um relacionamento seguro e
  íntimo tal qual é o relacionamento das três pessoas na Trindade.   
  
II.  Casamento Bíblico é AMIZADE MATRIMONIAL
  que precisa ser Resguardada contra ameaças (Pv 2:15-17; Ml 2:14)  
O termo hebraico usado por Salomão para descrever
  o “amigo” da mocidade tem o sentido de “dócil, doado, amigo, íntimo que está
  totalmente à vontade, inocente, vulnerável”. Intimidade bíblica e total implica
  em inocência, vulnerabilidade, acesso e transparência. A intimidade assim
  ocorre quando duas pessoas ficam  totalmente expostas uma diante da
  outra. 
   
  Não é possível alguém se casar com uma pessoa que se enquadre na descrição de
  dócil, amiga e etc. se durante o namoro a amizade entre ambos não foi
  desenvolvida. E mesmo aqueles que se casaram tendo um bom nível de amizade
  correm o risco de vê-lo decrescer se esta amizade não continuar sendo
  cultivada. Durante o namoro o jovem tem a oportunidade de desenvolver uma
  amizade profunda com seu namorado(a). Usamos a palavra “desenvolver” porque
  na verdade a amizade tem de ser buscada e cultivada, ao contrário do que a
  mídia propõe ser algo que acontece! E o primeiro passo para um jovem se
  tornar amigo de seu futuro cônjuge é se conscientizar e determinar que ele
  pertence a outro. No  seu coração, sugerimos que o jovem faça um voto de
  pertencer exclusivamente ao seu futuro cônjuge. Ele pode confiar na soberania
  de Deus de que a sua “princesa encantada” já está a sua espera. A jovem pode
  ter certeza de que ela pertence àlgum “príncipe encantado”, que logo estará
  saindo numa longa (ou curta) viagem ao encontro dela. E por isso ela não
  precisa sair quinze minutos antes que ele chegue para “ficar” com alguma rã
  que nunca será príncipe! Com esta confiança e dependência na Soberania de
  Deus será natural para o (a) jovem peneirar bem as (os) candidatas (os) que
  aparecerem ao longo do caminho. Outra sugestão é de que o jovem pode fazer
  uma  lista das qualidades que ele deseja no seu futuro cônjuge e orar
  sobre elas. Esta medida simples prepara o jovem para avaliar-se a si mesmo
  quanto a estas qualidades e para um futuro diálogo franco com seu candidato a
  cônjuge. Acima de tudo o jovem não precisa ser  precipitado e nem sair
  desesperado para se  casar! É  muito melhor ser solteiro e feliz no
  serviço de Jesus, do que se casar e viver infeliz  num jugo desigual. Os
  pais têm um papel fundamental neste quesito. Pela orientação da Palavra de
  Deus eles podem preparar seus filhos para o casamento. Ensinando-lhes
  princípios de namoro e orando pelo futuro cônjuge de seus filhos, os pais
  “guardarão” o coração deles.  Sugerimos que os pais conversem com seus
  filhos sobre seus relacionamentos. Deixem um exemplo de amizade conjugal com
  seu cônjuge ao qual eles poderão seguir e imitar. Quando os filhos percebem
  que seus pais se amam, eles serão mais seguros para desenvolver o mesmo tipo
  de relacionamento com seus cônjuges. 
   
  Todavia, os filhos somente se convencerão de que seus pais realmente são
  amigos e se amam se perceberem os sinais visíveis desta “amizade conjugal”.
  Os sinais claros da amizade conjugal são demonstrados pelo tempo em que os
  pais gastam juntos conversando e também orando. Também os filhos devem saber
  que, mesmo se obstáculos entre os pais forem erguidos por algum motivo, estes
  serão retirados o mais rápido possível para que se preserve o amor e a
  amizade no casamento. Os filhos não devem saber somente que seus pais erram,
  mas devem também saber que eles se arrependem de seus erros e se perdoam
  mutuamente. E encorajamos aos casados de que para gastar tempo juntos não
  será preciso mudanças radicais em suas agendas. Basta aproveitar bem o tempo
  das refeições, procurar dormirem sempre juntos (é incrível o números de
  cônjuges que sempre vão para o quarto adormecerem sozinhos!). O casal deve
  planejar um tempo para saírem com o propósito de “namorarem como
  antigamente”. Também seria muito bom o casal praticar algum hobby juntos. A
  manutenção da amizade no casamento não tem apenas o objetivo de “guardar o
  coração dos filhos”. Na verdade, a manutenção da amizade no casamento se
  transforma em um verdadeiro escudo contra as duas principais ameaças que
  rondam qualquer casamento: a traição e o divórcio.  
  
Um casamento sem amizade conjugal torna-se um
  relacionamento frio e expõe os cônjuges à tentação de quererem encontrar uma
  pessoa “mais interessante” só pela possibilidade de que ela lhe dê mais
  atenção. A amizade é o combustível que mantém acesa a chama da confiança e
  intimidade. Já foi comprovado que um dos motivos sempre presentes em um
  divórcio é o fato de que deixaram de ser amigos!    
  
III.  Casamento Bíblico é ACORDO MINISTERIAL
  que precisa ser Relembrado  (2 Co 6:14-16) 
Neste último princípio, queremos lembrar aos
  casados e aos futuros casais de que o casamento não visa apenas realização
  pessoal de cada cônjuge e com isso o alcance da alegria. O casamento conforme
  a perspectiva bíblica visa um propósito muito maior: promover o Reino de
  Deus. Normalmente o texto de 2 Co 6.14-15 é exposto e sempre ressaltado como
  advertência contra o namoro com incrédulos ou talvez como advertência contra
  uma sociedade com não-crentes em algum tipo de  negócio. A ênfase recai
  sobre o jugo “desigual”. Embora isto seja verdade, gostaria que olhássemos
  para o texto por uma ótica oposta, positiva. Entrando “pela porta dos
  fundos”, vamos descobrir o ideal para um casamento, como sendo um “JUGO
  IGUAL”. Por que jugo igual?  Porque o propósito do casamento é um
  serviço mútuo do casal no campo do Agricultor celestial! A figura do jugo é
  uma figura agrícola. “Jugo” ou “canga” é um artefato que o fazendeiro usa
  para unir dois bois ou cavalos para puxarem o arado. O jugo é usado sempre
  para unir dois animais da mesma espécie e de mesmo tamanho. Caso contrário,
  não haverá êxito no trabalho de arar o campo. Sendo assim, a idéia de
  “aliança” ou “acordo” está implícita no termo “jugo”. Foi assim que o profeta
  Amós, em outro contexto, perguntou: “Andarão dois juntos, se não houver entre
  eles acordo? (3.3). Com esta pergunta, Amós nos leva a refletir de que um
  casamento é também uma sociedade, ou seja, os cônjuges são “parceiros” ou
  “sócios”; nesta sociedade os cônjuges estão em “comunhão” e “harmonia”, isto
  é, estão em união comum e firmaram um pacto mútuo de juntar forças para
  alcançar um fim. Do ponto de vista bíblico, o fim que um casal deve alcançar
  é a promoção do Reino de Deus. Ao longo da História da Igreja, Deus continua
  usando a família para influenciar e transformar o mundo, promovendo seu
  Reino. A título de exemplo desta verdade, podemos levar em conta os muitos
  pastores e suas esposas que estão engajados no ministério integral.
  Infelizmente, hoje, está na moda resgatar o relacionamento conjugal como fim
  em si mesmo. E na verdade corremos o risco de cair em familiolatria. Como já
  vimos antes, Deus quer  que o casal “curta” seu relacionamento, que
  sejam grandes amigos, que experimentem a máxima intimidade, que cultivem seu
  relacionamento a dois e que priorizem  esse relacionamento. Mas que tudo
  isso para o bem do Reino. Jesus continua em primeiro lugar! Cristo tem toda a
  primazia. É preciso lembrar que não seremos casados durante a
  eternidade.  Nossos casamentos são relacionamentos terrenos, concedidos
  pela graça de Deus, para melhor servirmos e glorificarmos a Deus. Como
  sempre, a igreja é a providência de Deus para qualquer casal se envolver de
  maneira prática na promoção do Reino. Existem nela muitas oportunidades para
  um casal trabalhar como família, por exemplo: dirigirem juntos um culto
  infantil, serem recepcionistas, ensinarem uma classe de EBD ou cantarem
  juntos no coral. Ao discorrermos sobre estes três princípios bíblicos, mais
  uma vez queremos afirmar: um casamento feliz e duradouro não é uma questão de
  sorte. O casamento foi projetado por Deus para “funcionar” de forma perfeita,
  desde que o casal siga as Suas instruções. Quando os cônjuges compreendem que
  o auxílio mútuo deve ser resgatado, que a amizade matrimonial deve ser
  preservada e que o casamento também é um acordo ministerial que precisa ser
  relembrado, com certeza o casamento trará realização tanto para eles como
  para o Reino de Deus.  
  
Casamento bíblico é parceria conjugal a bem do
  Reino de Deus. 
*Casamento bíblico é AUXÍLIO MÚTUO que precisa ser
  RESGATADA.  
  *Casamento bíblico é AMIZADE MATRIMONIAL que precisa ser RESGUARDADA.  
  *Casamento bíblico é ACORDO MINISTERIAL que precisa ser RELEMBRADO  
  
Um Desafio Final: 
1) Jovens: É isso que você quer? É isso que você deseja? Ou
  será que seus sonhos sobre o casamento são mais voltados para sua casinha,
  seus bebês, seu romanticismo? Deus une o casal numa parceria visando seu
  impacto para o Reino. Até você abraçar esse, Seu plano, você não está pronto
  para casar. 
   
  2) Pais: Você está preparando seus filhos para casamento bíblico? Seu
  exemplo tem preparado o caminho? Se você se encontra numa situação irregular,
  você tem explicado isso para seus filhos e trabalhado e orado que eles evitem
  os mesmos erros? 
   
  3) Casais: Vocês precisam relembrar o propósito do seu relacionamento?
  Cultivar sua amizade/intimidade para que contribua para o Reino de Deus? Tem
  se tornado egoístas? Ou vivem para eternidade? 
Autor: Pr. Davi Merkh  
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